Escutar música eletrônica ajuda no estado de consciência

Ouvir música eletrônica altera seu estado de consciência, mostra estudo

Por redação

Ouvir música eletrônica altera seu estado de consciência, de acordo com um novo estudo.

A pesquisa – liderada por Raquel Aparicio Terrés, da Universidade de Barcelona – reuniu 19 indivíduos com idades entre 18 e 22 anos. Os participantes receberam então seis trechos de música eletrônica de um minuto para ouvir a 1,65 hertz (99 BPM), 2,25 Hz (135 BPM) ou 2,85 Hz (171 BPM), conforme relatado pela New Scientist.

As faixas incluíam ‘Endless Horizons‘ de Dhamika, ‘Mind Expander‘ da Audiomatic, e ‘Audioslave’ de Vertex, de acordo com uma reportagem do Free Malaysia Today.

Terrés e os pesquisadores usaram a eletroencefalografia, que registra a “atividade elétrica espontânea do cérebro” por meio de eletrodos conectados ao couro cabeludo. Esse método lhes deu uma visão sobre o estado alterado de consciência (ASC) dos indivíduos, vagamente definido como qualquer condição que é “significativamente diferente de um estado normal de vigília”. Isso também pode ser causado pelo uso de drogas recreativas, experiências de trauma ou medicação.

O estudo deu seu foco à ocorrência de ‘entrainment‘ que ocorre quando “a sincronização surge entre um estímulo rítmico externo, como a música eletrônica, e o disparo de neurônios no cérebro”, de acordo com o New Scientist, por exemplo, dança e batidas de pés em humanos.

Foram feitas várias perguntas aos participantes referentes ao impacto neurológico da música em seu estado de consciência, por exemplo, seu nível de foco e tempos de reação.

Os pesquisadores finalmente descobriram que a atividade cerebral dos indivíduos sincronizava com os ritmos que eles estavam ouvindo, notadamente em 1,65 hertz, onde eles experimentaram mais essa sensação de “unidade”.

“As variações de resposta nesta tarefa podem fornecer insights sobre o foco atencional e a prontidão para resposta motora, que podem ser influenciados por um estado alterado de consciência”, disse Terrés à New Scientist.

O estudo pode ajudar a construir um caso para os benefícios dos “estados dissociativos” do entrainment como uma ferramenta terapêutica e de combate ao estresse.

No ano passado, foi relatado que 93% dos jovens tratam as letras de música como uma “ferramenta terapêutica” ao lidar com sua saúde mental.

Outro estudo recente realizado pela Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, descobriu que as respostas emocionais geradas por ouvir música que lhe dá arrepios podem aliviar a dor.

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