Uma Noite no Museu, tá diferente: conheça a inovadora mostra From Kraftwerk To Techno

Por Kelly Ferraz

Foto de abertura: divulgação

Todo amante da e-music sempre que chega em um local grande, bonito, logo pensa: “imagina uma festa aqui! Quem nunca?”. E os alemães Alain Bieber, diretor artístico do NRW-Forum, e Jean-Yves Leloup, Musée de la musique, Philharmonie de Paris, pelo visto, também, e lançam a inovadora From Kraftwerk To Techno.

Na cidade de Düsseldorf, no Museu Kunstpalast, a exposição de música eletrônica que abriu as portas para o público no dia 9 de dezembro do ano passado, vai rolar até o dia 15 de maio de 2022. Segundo o site da mostra, serão mais de 500 exposições, algumas delas interativas. Os gêneros musicais expostos como música “eletrônica” serão iluminados a partir de várias perspectivas. A exposição engloba instrumentos musicais, geradores de som de fabricação própria, fotografias, clipes de áudio, vídeos e design gráfico. Seu espectro vai desde os primeiros instrumentos musicais eletrônicos pioneiros datados do início do século 20, até o uso da inteligência artificial na produção sonora eletrônica contemporânea.

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Foto: divulgação

Gêneros que surgiram na década de 1980, como o techno de Detroit, o house de Chicago e o hip hop, bem como a cultura rave da década de 1990, entram nessa exposição, tanto acusticamente quanto visualmente por meio da fotografia artística. Um destaque particular da mostra é a encenação espetacular da obra do projeto multimídia Kraftwerk fundado por Ralf Hütter e Florian Schneider em Düsseldorf, em 1970. “Electro. From Kraftwerk to Techno” convida os visitantes a embarcar em uma jornada de descoberta excitante, e história altamente ramificada da música eletrônica.

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Foto: divulgação

Entre os músicos, designers e artistas apresentados na exposição estão 1024 Architecture, Daft Punk, Agnes Dahan, Laurent Garnier, Andreas Gursky, Haqq, Jean-Michel Jarre, Jacob Khrist, Kraftwerk, Christian Marclay, Mouse on Mars, Tina Paul, Bruno Peinado, Marie Staggat-Bazille, Karlheinz Stockhausen, Gisèle Vienne e Sasha Waltz.

E para quem achou pouco, palestras gratuitas do Digital Electro estão sendo transmitidas ao vivo no site do museu todas as semanas, explorando a produção musical, o público inicial, artistas influentes e a evolução da dance music ao longo dos anos.

A Cultura da e-music é uma arte futurista, com história já de longa data, ver essa valorização e experiência em destaque em museus nos prova que cada DJ, VJ, produtor, cada ser envolvido nesta cena, está escrevendo seu nome na história da evolução humana. Será que os curadores brasileiros poderiam se inspirar e trazer essa exposição aqui para nós?  

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