Saiba mais sobre os coletivos de música eletrônica escalados para o The Town, que estão dando o que falar!

Por Lau Ferreira

Foto: Gui Urban/Divulgação

No começo de setembro, São Paulo receberá a estreia do The Town. Dos mesmos criadores do Rock in Rio, o evento terá no New Dance Order — palco de música eletrônica que brilhou nas últimas duas edições do festival carioca — um de seus diferenciais.

Para o novo festival, o NDO vem mais diverso, criativo e underground, trazendo não apenas grandes atrações nacionais e internacionais (muitas delas, em combinações inéditas) de estilos como house e techno, mas também colocando os coletivos da cena eletrônica alternativa paulistana como protagonistas.

Serão cinco celebrados núcleos, cada um responsável pelo encerramento do palco em um dos cinco dias de evento, assumindo a programação sempre às 23h30. São eles:

Batekoo [02/09]

Centrada em ritmos como funk brasileiro, rap e kuduro, a Batekoo é uma plataforma de entretenimento e empreendedorismo com foco nas juventudes urbanas.

Fundada em 2014 por Mauricio Sacramento com o propósito de ser uma festa feita por e para pessoas pretas, periféricas e LGBTQIA+, a label vem crescendo exponencialmente. Hoje, abriga um selo musical, um festival (que já teve duas edições) e projetos educacionais e de consultoria.

Encerrando o primeiro dia do New Dance Order, o set da Batekoo será comandado por Freshprincedabahia (projeto de Sacramento), Jujuzl, Kiara e Mirands

Carlos Capslock [03/09]

Fruto peculiar da mente do DJ e produtor Paulo Tessuto, a Carlos Capslock nasceu despretensiosamente em 2010, em meio à ebulição disruptiva que São Paulo vivia com os coletivos independentes de festa de rua, e rapidamente se consolidou como uma das festas mais criativas, singulares e impactantes da cena eletrônica brasileira.

Com construções narrativas idiossincráticas, piadas de duplo sentido, um vocabulário particular, intolerância a preconceitos e, claro, muita house e techno classe A, a Capslock é um dos projetos mais celebrados de seu nicho.

Com os residentes Belisa, Stroka e Tessuto, é dela o showcase que encerra o segundo dia de New Dance Order no The Town.

Gop Tun vs 28Room [07/09]

Outra aliança de DJs que conquistou os corações e mentes paulistanos é a Gop Tun. Partindo do princípio de que uma festa deve ser uma experiência transformadora, o núcleo surgiu em 2012, pelas mãos de quatro amigos: Bruno Protti, Caio Taborda, Fernando Nascii e Gui Scott.

Apostando em atrações de peso dentro do escopo da house e da disco e em locais e bairros inusitados de São Paulo, a Gop Tun cresceu a ponto de criar conexões relevantes não só em todo o país, como também internacionalmente, chegando ao ponto de assumir a produção do consagrado festival holandês Dekmantel quando realizado no Brasil.

Para o encerramento do terceiro dia de NDO, além da discotecagem de seus quatro membros, o núcleo também está trazendo uma apresentação do produtor Diogo Strausz com participação especial de Julia Mestre, da banda Bala Desejo. O showcase traz ainda os visuais assinados pelo estúdio Sala28.

Mamba Negra [09/09]

Assim como a Capslock, a Mamba Negra é outra grande label independente herdeira do zeitgeist das festas de rua de São Paulo. Criada em 2013 por Carolina Schutzer — a DJ Cashu — e Laura Diaz, logo se tornou um relevante dispositivo de produção, intervenção e articulação cultural da capital paulista.

Alinhando arte, techno e protagonismo feminino e LGBTQIA+ a cenários industriais, o projeto evoluiu para festival, web rádio, gravadora e coleção de roupas, além de ter originado a prolífica banda Teto Preto.

Para fechar o penúltimo dia de New Dance Order, a Mamba será representada pelas residentes Valentina Luz, Paulete Lindacelva e Cashu

ODD [10/09]

Mais nova, mas não menos importante, a ODD diz respeito a outro grande núcleo artístico e cultural que transforma e movimenta a efervescente cena de SP. Idealizada por Davis, Vermelho e Zopelar em 2015, logo passou a ocupar um papel de pioneirismo em seu meio — seja consolidando a tendência das performances corporais e audiovisuais ao lado dos DJs, seja descobrindo e projetando locações que viraram hit no cenário da capital.

Caberá justamente aos três “ODDJs” a missão de encerrar as atividades do palco eletrônico do The Town.

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