Procurando lojas de discos em vinil no Brasil? Saiba mais sobre a história e onde encontrar!

Por Cesar Nardini

Foto de abertura: divulgação

Você já parou para imaginar como era a cena musical bem no seu início? Agora, e a cena da música eletrônica? Em uma época na qual as pessoas ainda descobriam o que era, inclusive, não da forma como descrevemos hoje, mas, a música mecânica em si, sem músicos tocando instrumentos ao vivo, onde o acesso a informação era muito mais complexo e sem alta tecnologia? A chamada cena “old school” foi a responsável por trilhar o caminho para que nós, da nova geração, conseguíssemos chegar até aqui.

Só para contextualizar, no Brasil, o primeiro DJ brasileiro, Osvaldo Pereira, começou a tocar de forma inesperada, quando teve a ideia de criar um evento diferente do convencional nos anos 50. Ao invés de apresentar bandas e músicas, decidiu que tocaria discos de vinil.

Hoje em dia, é consideravelmente raro encontrar algum DJ se apresentando com discos de vinil, mas, quando tudo começou, era exatamente o oposto! Afinal, a primeira CDJ que rodava CDs foi criada em 1992 pela Pioneer.

 

Para chegar nos discos de vinil que conhecemos, um longo caminho também foi percorrido! Tudo começou lá atrás, em 1877, quando Thomas Edson abriu um leque de possibilidades para a indústria da música, com a criação do fonógrafo, que gravava ligações telefônicas.

Foto: divulgação

O aparelho tinha um formato cilíndrico e conseguia reproduzir até cinco vezes as gravações, devido a sua fragilidade e pouca durabilidade, uma vez que, a sua matéria prima era composta por cera de abelha.

Na sequência, surgiram outros inventores com ideias que se encaminhavam cada vez mais para as bolachas que temos até os dias de hoje que, após a evolução do gramofone, foi capaz de suportar até três minutos de áudio. Foi então que Peter Goldmark criou o famoso LP (Long Play),se destacando por sua qualidade sonora e capacidade de gravação de longos 30 minutos de áudio em cada lado do disco.

Peter Goldmark – Foto: divulgação

 

Mas, afinal? Qual formato é melhor? Analógico ou digital? Esse é um tema que divide muitas opiniões! Mas, a grande verdade é que não existe melhor, mas, sim diferenças, assim como o crítico musical e colecionador Regis Tadeu disse no podcast ‘’Inteligência Lmtd’’, hosteado pelo anfitrião Rogério Vilela.

O disco de vinil é produzido a partir das ondas sonoras esculpidas na “bolacha”. Ele é capaz de reproduzir uma tridimensionalidade que o digital não consegue alcançar, texturas mais presentes e até mesmo a ambiência do estúdio que o disco foi gravado.

Já no time digital, a tecnologia permite que os áudios sejam reproduzidos de uma forma mais limpa, sem ruídos ou chiados, que no vinil são causados pelo atrito físico da agulha com o próprio disco.

Foto: divulgação

Vale lembrar que, a qualidade propriamente dita, vem da forma que o som é gravado, e não do tipo de mídia em si. Ou seja, há discos que são problemáticos, assim como também há CDs que soam muito mal. O capricho na hora de gravar a música do melhor jeito possível é o mais importante, seja no vinil ou no CD.

Foto: divulgação

Para acirrar ainda mais essa discussão sobre formatos de gravação, de acordo com a RIAA (Recording Industry Association Of America), as vendas de discos de vinil superaram as de CDs em 2022. Enquanto 41 milhões de pessoas compraram discos, 33 milhões preferiram adquirir CDs.

Para Mitch Glazier, CEo da RIAA, o retorno do vinil como importante formato no século 21 confirma “seu papel como elemento do mercado musical moderno”. “Os amantes da música claramente não se cansam do som de alta qualidade e da conexão tangível com os artistas que o vinil oferece e as gravadoras atenderam a essa demanda com um fluxo constante de exclusividades, reedições especiais e embalagens e discos lindamente elaborados”, observou.

Agora que você já entende do assunto, chegou a hora de começar a sua própria coleção. O mundo dos discos viaja entre aqueles super hypados, e até aqueles que quase ninguém conhece. Porém, existem muitas formas de conseguir encontrá-los. Como nos sebos mais antigos da sua cidade, em grupos de revendedores diretos pela internet e lojas especializadas.

 

Aqui vão algumas indicações de lugares maneiros pra você encontrar seus discos!

-Maior plataforma de discos da internet: https://www.discogs.com/

 

-Discos de house, techno, minimal e mais em São Paulo: https://www.instagram.com/spdiscos011/

 

-Discos de house, techno, minimal e mais em Curitiba: https://www.instagram.com/noplasticdiscs/

 

-Músicas brasileiras: https://www.instagram.com/romildao_comedor_de_biscoitos/

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