Amine Edge fala com exclusividade sobre a estreia do hypado selo CUFF no Rio de Janeiro

Por Lu Serrano

Foto de abertura: divulgação

Vamos combinar que ninguém resiste ao groovado som do duo francês Amine Edge & Dance. Prova disso, é a pegada carregada pelo gangsta house que o projeto disseminou por todo o mundo, colocando sob os holofotes, em meados de 2013, as batidas do g-house com a track que se tornaria um verdadeiro hino das pistas, “Lost”.

Os caras fizeram escola e lançaram a sua própria gravadora, CUFF. Queridinha dos produtores de g-house e tech house, o selo conta com lançamentos de peso, como Shiba San, Tim Baresko, Volac, Loulou Players e, claro, brazucas, entre eles, Bruno Furlan, Classmatic, DJ Glen e Volkoder.

O duo já chama o nosso país de lar, já que desde 2012 vem ao Brasil de duas a quatro vezes no ano. O curioso é que apesar de ter levado a sua label CUFF para diversos países e cidades brasileiras, como São Paulo – SP e Porto Belo – SC, nunca havia desembarcado no Rio de Janeiro, cidade que tem o coração dos franceses.

Mas, neste final de semana, dia 5 de fevereiro, a CUFF fará a sua aguardada estreia na Cidade Maravilhosa, na festa do coletivo Clubinho, uma crew que se uniu para trazer para o Rio de Janeiro sonoridades diferenciadas e que, tradicionalmente, só marcavam presença em line ups de outros estados.

Farão parte desta estreia, além dos anfitriões, Chicks Luv Us, Clyde P, Cla$$ & Jcult, bewav e Jame C. Garanta seu ingresso aqui.

Batemos um papo com o Amine Edge para sabermos mais detalhes deste super rolê que vai ficar para a história – quem for verá, e quem não for, vai se arrepender!

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Amine Edge – Foto: divulgação

HM – Você está pronto para a primeira vez da CUFF no Rio de Janeiro, uns dos lugares mais bonitos do mundo?

Claro! Mal posso esperar, vai ser incrível. CUFF é sempre mágico porque o line up é formado por belas amizades e tocar com amigos é mais divertido do que outros shows que você toca sozinho.

HM – O que você mais gosta do Rio de Janeiro?

A vida calma e de boa, a energia das pessoas se exercitando nas praias. Eu amo a minha rotina de ir para a praia e tomar açaí, agua de coco e curtir essa qualidade de vida, é incível.


HM – E sobre o line, como foi a curadoria dos DJs que vão tocar nesta noite no Clubinho? Você já conhecia todos eles?

Foi uma decisão difícil, porque temos muitos DJs talentosos no selo e escolhemos os mais próximos e mais novos, ao lado dos franceses que já estarão na cidade.

HM – A gente sabe que vai rolar um long set. O que você preparou para essa noite especial?

Como vocês sabem, o Clubinho é um blog educativo que educa cariocas e brasileiros sobre o amplo mundo da música eletrônica, então eu penso que fará sentido nesta festa arriscar e tentar educar mais tocando um pouco de clássicos, mais techno, house dos anos 90, etc. Mas, honestamente, eu sempre vou ao clube e vejo o que vou fazer uma vez que estou lá, porque você nunca sabe qual será a vibe.

HM – O hit “Lost” continua sendo tocado nas principais pistas brasileiras e, com certeza, é uma das tracks que fizeram vocês explodirem por aqui. Você recentemente tocou uma nova versão no Park Art, como foi? Qual o feedback?

“Lost” foi criada em 2013, desde então nossa música evoluiu muito para mais tech house para techno, dito isso é difícil tocar “Lost” em nossos sets, então fizemos outra versão (um dub) que é mais fácil de tocar em nosso set, então podemos tocar a original e alterá-la e tudo fica mais suave.

HM – Vocês trouxeram um som muito particular para o mundo, referência para ótimos produtores. O que mudou desde o início do projeto?

Ainda estamos loucos por sermos creditados como referência para toda uma geração de produtores, nunca pensamos nisso, éramos apenas duas crianças fazendo música em nosso quarto e não nos importávamos com o que os outros estavam fazendo. O que mudou, nada mudou, não gostamos de fazer duas vezes a mesma coisa, sempre será um novo Amine Edge & Dance todo mês [rs].

HM – Como você observa o som que está sendo feito no Brasil quando falamos em música eletrônica?

O que é incrível no Brasil é que constantemente descobrimos muitos talentos, do nada, soltando bombas, e temos orgulho de muitas vezes sermos a primeira gravadora a encontrá-los e darmos o devido respeito, veja DJs como Classmatic, Jame C, Cla$$ & Jcult e muitos outros, o som é tão maduro e tão profissional é incrível. Eles têm um toque próprio, não sei se é um som brasileiro, mas é foda, também estou muito feliz em ver o funk antigo voltando com FBC & Vhoor para qual remixamos “De Kenner”.

HM – E sobre a CUFF, como a gravadora está indo nos últimos meses? Vocês têm novidades? Os produtores brasileiros têm enviado muitas demos?

A gravadora está realmente indo bem, nós nunca paramos de receber muitas demos e é uma benção, também temos cada vez mais reconhecimento de grandes nomes, o trabalho duro e a evolução da CUFF estão valendo a pena.

HM – E sobre o projeto, o que podemos esperar dele neste ano?

Como sempre dissemos, seguimos o fluxo e não planejamos com muita antecedência, então fiquem atento.

HM – Você pode contar três motivos para não perder a CUFF no Clubinho no próximo sábado?

Vai ser uma vibe família, com certeza, cheia de alegria e boa música. Vocês não podem perder isso!

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