9 coisas que atrapalham a vida dos DJs e como mandar tudo pra longe do drop

Por redação

Foto de abertura: divulgação

Sabemos bem que entre os leitores da House Mag, temos muitos DJs e produtores, bem como fãs de música eletrônica que estão tentando ou pelo menos cogitando a ideia de ser DJ.

Mas se alguém aqui ainda tem aquela ideia ingênua de que é tudo lindo e maravilhoso para os artistas de sucesso nesse universo, lembramos que para além das pistas e dos bolsos cheios, também tem muito perrengue — especialmente no caminho pra chegar até lá.

De equipamentos que não estão top a problemas de saúde e estilo de vida que não podem ser menosprezados (sem falar nas pessoas malas que estão por toda a parte), listamos nove problemas que atrapalham a vida de um DJ — e as respectivas dicas de como tirá-los de letra.

1. Equipamentos temperamentais

Dos superstars aos que ainda tocam para sua meia dúzia de amigos, todo DJ tem eventualmente uma dor de cabeça com hardware e tecnologia. Para evitar que a coisa falhe na hora H, a dica é se precaver o melhor possível: sempre procure antever que problemas podem acontecer e traga alternativas para solucioná-los rapidamente, como equipamentos reservas (de pendrives a CDJs).

Testar se está tudo ok antes da sua performance também é essencial.

2. Pedidos inconvenientes do público

Essa é uma das reclamações mais clássicas de todo DJ que está começando sua carreira artística, mas ainda é visto como um prestador de serviços. “Eu sou um artista, não uma playlist humana do Spotify!!!!!” 

E aí pra explicar praquela mina levemente alcoolizada que só quer curtir a noite e não sabe direito onde se meteu que sua linha de som é progressive house e que, não, você não tem a nova da Ludmilla, enquanto você tenta fazer a mixagem perfeita naquele ambiente caótico pode ser uma tarefa bastante ingrata.

Imagem: divulgação

É a hora de colocar suas habilidades diplomáticas em ação. Você pode tentar argumentar que não toca aquele tipo de som, mas pra muita gente não vai adiantar. E aí, o segredo pra lidar com as pessoas mais sem noção e insistentes pode não ser muito bonito, mas faz parte: dar aquela enrolada básica, dizendo que mais tarde o pedido vai ser atendido.

O que importa é você ser sempre paciente, educado e simpático; faz parte do ofício, ao menos até que você consiga se estabelecer.

3. Pessoas que insistem em mexer no equipamento 

Se você achava que o mala embriagado que pede música é o pior problema de um DJ, achou errado. Existe um tipo de sem noção ainda mais extraordinário: o que fica querendo mexer no seu equipamento ou, pior ainda, pede pra escolher a próxima track ou dar uma virada.

A diplomacia e o jogo de cintura vão ser ainda mais necessários pra negar, gentilmente, sem que essa pessoa fique ofendida e te eleja como o seu pior inimigo. Se não houver nenhum segurança ou profissional do clube pra te dar uma mão, tente mais alguma desculpa coerente, como argumentar que o dono do clube te proibiu em deixar terceiros mexerem nas suas ferramentas de trabalho.

4. Problemas com o som do local

Tocar em diferentes lugares significa lidar com diferentes sistemas de som. Alguns podem ser excelentes, enquanto outros, nem tanto. E, é claro, quanto mais prestígio você tiver perante ao mercado, melhor será a estrutura dos lugares onde vai tocar, e mais poder de barganha você terá para exigir as melhores condições em seu rider. Mas até chegar lá, o caminho será mais complicado.

Para driblar essa dificuldade, é importante ter um mínimo conhecimento técnico sobre engenharia de som, e conhecer bem todas as possibilidades do seu setup. Além disso, vale dar uma pesquisada para saber o que o contratante pode te disponibilizar e como é a estrutura de som do local. Se você puder visitá-lo em uma noite anterior, melhor ainda.

5. Pressão para agradar a todos 

“Não sei o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar todo mundo.”

Essa máxima de Bill Cosby vale muito para os DJs. Pode parecer um pouco controverso, afinal, pista cheia de gente curtindo o seu som é o melhor dos mundos. Mas não se trata disso. 

Na hora de definir sua identidade como artista, você vai ter uma linha, que vai agradar a alguns e certamente desagradar a outros. Faz parte. Se você quer fazer sucesso, precisa estar em paz com a ideia de que muita gente — inclusive dentro de seu ciclo de amigos e familiares — não vai gostar do que você faz.

6. Haters 

E aqui já chegamos no próximo ponto: se querer agradar todo mundo vai te colocar numa zona de conforto, em que você só vai procurar fazer mais do mesmo, e assim não terá destaque, isso significa que o contrário também é verdadeiro. Ou seja, quanto mais sucesso, mais haters. E a gente sabe como haters podem ser cruéis e realmente estragar os nossos dias.

Aqui, assim como no ponto anterior, é importante estar em paz e preparado para receber comentários odiosos e infelizes. Lembre-se também de que esses comentários dizem mais sobre essas pessoas do que você: normalmente, são pessoas invejosas, cheias de rancor, inseguranças e outros problemas emocionais, que incomodam-se com o sucesso alheio e tentam deixá-lo pra baixo. Não deixe isso te afetar!

7. Competição acirrada

A indústria da música eletrônica é altamente competitiva, e isso pode desgastar qualquer um. Vai ter gente maldosa querendo puxar o seu tapete e fazendo o diabo pra te derrubar, porque essa galera te vê como uma ameaça, alguém que pode ocupar o lugar dela — ou que ela acha que merece.

A melhor forma de enfrentar essas pessoas é com indiferença, não ódio. Não deixe que te afetem nem consumam suas energias. Pode soar piegas, mas é real: quando se deparar com as sombras, seja a luz.

Procure se afastar de gente tóxica, e agir da forma oposta: colaborativa, aberta, altruísta e sempre disposta a compartilhar conhecimentos e ajudar os outros. Assim, você vai criar uma rede do bem, repleta de pessoas parecidas. E lembre-se: no final das contas, o verdadeiro sucesso é construído em parceria.

8. Horários de sono desregulados 

A vida noturna é o habitat natural dos DJs, e isso seguramente vai resultar em horários de sono caóticos. Quando somos mais jovens, sentimos que aguentamos noites mal dormidas e até mesmo viradas numa boa, mas acredite, uma hora a conta chega.

Por isso, encontrar um equilíbrio é fundamental. Crie uma rotina consistente e priorize seu descanso. Lembre-se, um DJ descansado é um DJ mais criativo.

9. Saúde física e mental 

Ser DJ requer resistência física e mental. Infelizmente, casos trágicos recentes têm nos alertado bastante pra isso. Felizmente, o assunto está cada vez mais em debate. Porque, de fato, além do sono desregulado, as festas costumam ser ambientes repletos de álcool e drogas. E aí, pra você se perder física e mentalmente, não é difícil.

Imagem: MART PRODUCTION

Isso sem falar na rotina intensa de aeroportos, estradas e estúdios. Muitos dos artistas que mais admiramos têm uma vida bastante privada de descanso e contato familiar. É um dos preços mais caros do sucesso.

Por isso, priorize cuidar de si mesmo: faça exercícios regulares, mantenha-se hidratado e tenha uma alimentação equilibrada. Cuide do seu corpo e mente para garantir uma carreira duradoura e saudável. E, sempre que possível, procure estabelecer uma rotina, mesmo que em meio ao caos.

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