GroundBass contabiliza 2022 com expectativas altas para o 10º ano do projeto

Por Lu Serrano

Foto de abertura: Conexão Studios

Se a forma que passamos o final do ano diz muito sobre como será o próximo, GroundBass aka Thiago Ramos pode se preparar para muitas conquistas e sonhos realizados. O DJ e produtor de psytrance encerrou 2022 com experiências importantes para o seu projeto, uma injeção de ânimo para encarar novos desafios.

“Não é quem espera, mas, quem trabalha sempre alcança”, GroundBass.

Durante a pandemia, GroundBass apostou em uma mudança de chave sonora, incorporado elementos mais noturnos e do techno à sua produção. O resultado foram tracks mais maduras e com ambiências mais cheias e completas, que ganharam o selo pista de qualidade ao serem tocadas nos sets do DJ em suas apresentações no ano passado, e caíram no gosto de uma das principais gravadoras de psytrance do mundo, a Iboga Records.

Em Maceió, na festa Samsara Leave, GroundBass conheceu o label boss Mikael, que ficou impressionado com o set do brasileiro. “Meu set foi após o dele e, assim que comecei a tocar, logo nas primeiras tracks, ele foi olhar no meu notebook e falou: ‘você já lançou essas músicas? Se ainda não, eu quero lançar’”, conta Thiago que confessa ter ficado em choque com a abordagem.

GroundBass e Mikael – Foto: Matheus Borges

Rapidamente, fecharam o lançamento de duas músicas, “Hiding To Nothing” e “Mama India”, essa última, em colaboração com Blazy e Tijah e que bateu o top #1 do Beatport no chart psytrance logo nas primeiras semanas. “’Já tinha batido na porta do primeiro lugar muitas vezes, mas, desta vez, na hora certa, com a música certa, ele veio. ‘Mama Índia’ tem me trazido muitas coisas boas, está abrindo portas para um público diferente conhecer minha nova pegada de som que ainda permanece ‘muito diferente’ para algumas pessoas”, explica.

Na sequência dos lançamentos, GroundBass foi convidado por Mikael para integrar o time Iboga Records, se tornando o primeiro brasileiro no time da gravadora dinamarquesa. “Ser o primeiro brasileiro a fazer parte do time me dá a oportunidade de poder mostrar a força e representar meu país. Mostrar que o Brasil tem sim muita qualidade na cena”, revela o produtor que tem como grande referência na cena e, no próprio selo, nomes como Captain Hook. “Estar ao lado não só dele, mas, de muitos outros, me deixa extremamente empolgado para o que futuro me reserva”.

Um gostinho desse futuro veio em sua estreia no Main Floor do Universo Paralello, em sua 16ª edição. O artista conheceu o festival ao mesmo tempo em que conheceu o psytrance e tocou durante quatro edições no 303 Stage. “Só de subir no Main Floor você já sente a energia, ele te carrega de coisas boas, de muita história, assim como a pista das areias de Pratigi muda a vida das pessoas, aquele palco muda a vida dos artistas”, revela.

Foto: Dope Audiovisual

Para Thiago, essa foi a sua apresentação mais difícil, a que ficou mais nervoso. “Desde a confirmação no line up até uns 15 minutos depois do primeiro play, montando a tracklist, só de me imaginar subindo lá eu já tremia as pernas, é como domar um leão”. Seu set na íntegra, lançado em janeiro, no Youtube, bateu mais de 100 mil visualizações em uma semana.

Entre os momentos mais marcantes desta experiência está a cena na qual Blazy e Tijah se juntaram para tocarem juntos, e os suportes de nomes como Alok e Bhaskar no set do Logica; Ruback, antigo projeto do Dubdogz, entre outros artistas para “Mama Índia”.

Se o GroundBass que tocou pela primeira vez no 303 Stage, no Universo Paralello, encontrasse com o que tocou recentemente no Mainfloor, o que ele falaria? “Valeu a pena tocar nessas quatro edições no 303, né? Ou, se fosse ao contrário, falaria, ‘aproveita a caminhada, trabalhe duro e tenha paciência. Tudo acontece no seu tempo, pois o 303 tem sua magia, é a porta de entrada para o Main Floor e, com certeza, te amadurece na sua carreira”.

Todas essas conquistas no final de 2022 reforçaram o potencial de GroundBass e o quanto o DJ e produtor é capaz de conquistar o seu espaço mesmo fazendo um som diferente da maioria. E, no ano em que completa 10 anos de projeto, ele pretende lançar 10 músicas. “Não se ainda vem o álbum, talvez sim, talvez não! Mas, com certeza, muita música vai sair e estamos planejando uma compilação assinada por mim, pela Iboga Records, que vai mudar o rumo da cena brasileira no mundo”, finaliza.

Mas, essas são cenas dos próximos capítulos e que acompanharemos bem de perto, também, pelo Instagram do artista. Veja aqui!

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