Finalizando a trilogia em homenagem à Zé Pilintra, Zeo e Pérola apresentam o single “Exquindolelê, Exquindolalá / O Amor Chegou Para Ficar”

Por Nicolle Prado

Uma das figuras mais conhecidas das religiões afro-brasileiras é, certamente, Zé Pilintra. A entidade é familiar dentro do nosso contexto social e, por motivos claros, já que traz uma fusão de quem somos como sociedade, cultura e espiritualidade. Afinal, o malandro – como é chamado dentro da religião – entende o povo e seus males, protegendo aqueles que o cultuam das injustiças modernas, com sabedoria, ginga, alegria e lealdade. E é por essa conexão entre o divino e contemporaneidade que Pilitra é o homenageado da trilogia de singles apresentada por Zeo e Pérola

A dupla possui uma ligação profunda com a entidade, que rege a amizade que floresceu entre eles nos últimos meses e, por fim, deu vida a essas composições que referenciam este elo. A trilogia musical iniciou em junho deste ano, com o lançamento de “Eu Menti Pra Ela Zé / Eu Ando Triste Ô Zé”, deu continuidade com “Dizem Que Malandro Não Tem Mulher / Vai na Fé” e, agora, se encerra com “Exquindolelê, Exquindolalá / O Amor Chegou Para Ficar”, que chegou às plataformas nesta sexta-feira, 14, pela Zero Gravity

Na primeira faixa do projeto, Pérola entoava uma letra sobre a perda de um relacionamento amoroso, como um desabafo à entidade, enquanto a sequência já trazia um aprofundamento sobre a história e conexão com Zé Pilintra, demonstrando suas experiências e conhecimento sobre as dores humanas, já que por ser conhecido como um “galanteador”, viveu e conhece bem o sentimento.

Como capítulos de um livro, o epílogo se apresenta trazendo a conclusão desta história. Depois de sofrer por um relacionamento e ser acolhido por Pilintra, o eu lírico inicia um novo ciclo, encontrando o amor novamente e agradece a entidade por ter regido este caminho. Com coesão e autenticidade, o single mantém a combinação envolvente de R&B e Afro Beat, que inspira o projeto desde o princípio, criando um Brazilian Beat refinado, marcado por texturas afro-brasileiras e uma riqueza rítmica, que combina instrumentos da nossa musicalidade à bases eletrônicas pulsantes. 

Deixe um comentário

Fique por dentro