D Nox comenta carreira, Rio de Janeiro e sua apresentação no Deep Please Festival

Por Nazen Carneiro, da coluna Tudobeats

Foto de abertura: divulgação

Hipnótico, progressivo e melódico. Esta combinação refinada garante a D-Nox uma identidade sonora sólida e reconhecida no Brasil e no mundo há décadas.

Alemão de nascença, brasileiro de coração, arrisca-se dizer. Christian Wedekind é casado com uma brasileira, firmou presença no país com o duo D-Nox & Beckers e nunca mais saiu. Artista da Kontrol, agência de Du Serena, D-Nox está acostumado com os principais palcos do Brasil, Japão, Austrália e tantos outros lugares mundo afora.

No dia 22 de janeiro, D-Nox retorna aos palcos cariocas para apresentação no Deep Please Festival, no Riocentro. Os ingressos estão a venda aqui.

Para saber mais sobre esse momento especial da carreira do artista, Nazen Carneiro realizou esta entrevista com D-Nox, publicada com exclusividade pela revista de música eletrônica do Brasil, a House Mag. Para uma leitura super no clima do festival, aperte o play e ouça o último set do produtor no SoundCloud!

HM – Obrigado por esta entrevista e parabéns por essa carreira fantástica, inclusive, grande parte dela ao lado dos brasileiros. Comente essa relação com o Brasil.

Faz tantos anos que venho tocar no Brasil que não consigo mais imaginar uma vida sem isso. Ainda me lembro da minha primeira vez em 2003, é incrível quantos momentos inesquecíveis vivi neste lindo país que se tornou minha segunda casa. De todos os outros lugares do mundo que sempre vou tocar, escolhi o Brasil como o único país para ficar e ser feliz. Aqui encontro tudo o que sempre sonhei. Gente fantástica, paisagens e praias deslumbrantes, a comida mais deliciosa e algumas das melhores festas do mundo.

HM – Você ainda costuma ir à Alemanha de três a quatro vezes por ano? Como tem sido essa rotina de viagens para você?

Sim, eu ainda vou para a Alemanha, agora durante a pandemia apenas uma ou duas vezes por ano. Toda a situação das viagens mudou, é muito mais complicado hoje em dia. Você tem que testar negativo, viajar muitas horas com máscara e o mesmo no caminho de volta para casa. Além disso, alguns países têm suas fronteiras fechadas e isso torna impossível ir tocar por lá. Austrália, por exemplo. Eu costumava ir todos os anos para a Austrália desde 2004 e sinto muita falta de tocar lá. O mesmo para Nova Zelândia, Japão e África do Sul. Mas espero que tudo isso volte ao normal. Por enquanto viajo apenas para os países que têm menos restrições, como México, EUA, Argentina, Colômbia e assim por diante.

HM – Você já declarou que foi seu amor pela música que te trouxe até esse momento da sua carreira. O que te faz mais feliz com a música?

Sempre quis ser o cara que toca música e faz as pessoas dançarem. Eu nunca quis ser o cara que dança, sempre fui fascinado pelo DJ e seu poder. Já nos anos 80, em uma idade muito jovem eu sabia que seria um DJ. Agora faz cerca de 30 anos que tenho uma carreira profissional. Não consigo imaginar uma vida sem ela. Para ver as pessoas dançando com a minha seleção de músicas, para ver até onde posso ir sem me vender e tocar música comercial. Sempre gostei do desafio de tocar novas faixas e novos elementos e abrir a mente do público. Levo-os a uma viagem de som. É isso que me deixa feliz.


HM – A expectativa pelo show no Deep Please Festival é alta. Você pode adiantar algo de como vai ser?

É muito cedo para saber o que tocarei, mas sei que tenho um grande DJ tocando antes de mim e que será um grande nascer do Sol no Rio. Tenho certeza de que vamos nos divertir muito!

HM – Mais uma vez você estará presente em um grande evento no Rio de Janeiro. Comente essa relação com a Cidade Maravilhosa.

Ir ao Rio é sempre algo especial, sempre dá a sensação de ir a um lugar que está em um planeta diferente, a localização dessa cidade é tão especial e diferente. Também tive tantas festas excelentes no Rio de Janeiro que mal posso esperar para voltar.

HM – A pandemia “mexeu” no seu som de alguma forma?

Não mudou muito. Eu ainda toco meu som hipnótico, progressivo e melódico. Vou ver o que vou tocar somente quando chegar lá. Tudo dependerá do momento, do sentimento e da multidão, é claro.

HM – Mal podemos esperar! Para finalizar o que vem a seguir?

Espero que o setor de eventos não tenha que fechar novamente e que continuemos trabalhando e dançando. Em 2022 comemorarei 30 anos de carreira do DJ D-Nox e estamos planejando uma grande turnê mundial.

Galera do Rio! Temos um encontro no dia 22 de janeiro no  Deep Please Festival, quero ver vocês na pista!


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