Aguçando os sentidos, Dharma é um projeto independente que movimenta a cena underground de Santos

Por Cesar Nardini

Foto de abertura: Hypecode

Com o propósito de cativar um mundo melhor nasce o Dharma, projeto independente que movimenta a cena underground da cidade de Santos, local que a cena vem em constante evolução desde o último ano.

Dessa vez, trocamos uma ideia com Gabriela Salla, uma das idealizadoras do Dharma, movimento que engloba importantes pilares que, a longo prazo, podem impactar a cena nacional e a sociedade de forma positiva.

HM – Uma pergunta indispensável sobre o Dharma: como e po rque surgiu o projeto?

O projeto surgiu através de uma conversa entre o Marcos e eu (Gabi), na qual questionamos a possibilidade de existir um projeto que unisse a música, a espiritualidade e sustentabilidade. Inspirados nos conteúdos da espiritualista Margot Procidio, apresentamos a ideia ao Lopz e Robson (sócios do projeto), que amaram o conceito da festa e logo toparam desenvolver o evento.

Esse projeto foi criado com o intuito de informar o público sobre as conexões com a natureza e a expansão da consciência para o autoconhecimento.

HM – Seguindo ainda essa mesma linha, qual a principal mensagem e objetivo que o Dharma quer passar?

Nossa consciência encontra-se, em sua maior parte, limitada, seja pelo nosso passado, criação, traumas ou até desejos não realizados no decorrer de nossas vidas. Essas experiências funcionam como um véu, que nos impede de enxergar nosso real objetivo neste plano. A expansão e evolução.

O Dharma significa escolher a ação sobre qualquer aspecto ou decisão da sua vida. Sem relacionar o que é bom ou mau. Dharma é igual a propósito, faça o que precisa ser feito. Não cumprimento do Dharma gera um karma, ele entra na lei de causa e efeito no sentido de suas escolhas.

A principal mensagem que o evento busca trazer é a elevação espiritual através da música, o conhecimento expansivo e a reflexão de que somos todos parte do mesmo plano.

HM – Existe alguma ligação entre o conceito e as sonoridades que estão por trás do projeto?

Sim, a música apresenta propriedades peculiares que raramente são encontradas em outras formas artísticas. Além disso, suas propriedades conseguem exercer ações sobre os seres humanos tanto na área mental quanto corporal.

Nos conteúdos que trouxemos através das redes sociais, apresentamos o poder que o som tem em nosso corpo, como a frequência (quantidade de vibrações sonoras por segundo), ressonância (podemos atrair energias tanto positivas quanto negativas, apenas com o som que produzimos), vibração (o som é uma forma de energia causada por vibração).

HM – Qual é a sensação de representarem a Baixada Santista? E como o projeto deseja impactar a sociedade local?

Estamos bem entusiasmados, sabemos o quanto a cena eletrônica em Santos está em crescimento, enxergamos através do público underground o potencial de levar a mensagem que a festa propõe. Impactamos a sociedade local através da contratação de mão de obra, como staff, parte do line up, locação de espaço e através da arrecadação da venda de copos artesanais feitos de bambu converteremos o valor em ração para o abrigo de Santos.

HM – Fale um pouco sobre a última edição e o que vocês vem preparando para a próxima?

A proposta de trazer através dos sentidos Visão-Projeção Mapeada, Audição- Música, Olfato-Difusão de Essências, Tato-Amizade/Abraço/Amor, foi alcançada, estamos sem palavras para descrever o retorno que tivemos do público, ouvir e ver que o nosso propósito foi atingido é algo enaltecedor!

Para os próximos meses, estamos buscando estruturar uma edição na capital paulista, através do nosso instagram @_dharmaproject será possível acompanhar mais detalhes das próximas edições que estão por vir!

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