Uma cena em mutação exige novos talentos


Por: Alan Medeiros

*matéria publicada na House Mag impressa #44

O mercado da e música eletrônica é dinâmico e revela grandes talentos nas pistas. Porém, somente alguns conseguem atingir a maturidade necessária para trabalhar com consistência e se livrar do status de “promessa”, migrando para o que podemos chamar de “realidade”. Separamos quatro nomes que você precisa conhecer.
 

 

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Kleber é a nova promessa do techno

Poucos são os nomes que podem se orgulhar de ter no currículo o suporte de medalhões do techno mundial como Richie Hawtin e Loco Dice — o brasileiro Kleber é um deles. Dono de um estilo bem popular em pistas de países como Alemanha e Argentina, ele tem se mostrado um produtor inspirado nos últimos anos. Motivação essa que fica comprovada por uma agenda regular de releases e feedbacks expressivos, muitos dos quais lançados por Noise Music, Not For Us, Clash Music e Unity Records. Ano passado, por exemplo, a ENTER selecionou a faixa “Slaved” para ser trilha sonora de um dos aftermovies de eventos da marca pelo mundo, algo raro por não se tratar de uma faixa lançada por artistas da label. O ano de 2016 já se mostra promissor, com trabalhos recentes por Medrado Music e Infamous. Vale acompanhar!

 

 

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Destaque escocês

A cena house de Glasgow é tradicionalmente forte, com artistas e público tendo o perfil de buscar algo diferente dentro do universo da dance music, e é justamente nesse ponto que o jovem prodígio Denis Sulta se destaca. Como em um passe de mágica, viu sua inspiração transbordar e resultar em faixas excelentes para pista, como nos casos de “It’s Only Real” e “A.A.S (Nite & Day remix)”. Seu talento promissor chamou a atenção de gravadoras prestigiadas no underground europeu e hoje ele é o queridinho dos selos Numbers e Dixon Avenue Basement Jams. A lista de suportes é tão respeitável quanto e inclui DJs do calibre de Jackmaster, Skream e Julio Bashmore. Denis Sulta é o tipo de artista que jamais passará batido.

 

 

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Musicalidade notória

A música do DJ, compositor e produtor francês erradicado no Equador Nicola Cruz transmite bem o que acreditamos ser uma das formas de atuação mais incríveis do folclore popular dentro da dance music. Nicola iniciou a carreira como percussionista, tendo também na natureza e nos traços da cultura equatoriana — como ritmos, rituais e melodias — elementos que exercem grande influência no resultado final das suas faixas. Dono de um som misterioso, orgânico, ritualista e profundamente melódico, é atualmente um dos nomes mais singulares da música eletrônica na América do Sul. Sua sonoridade também está presente fora das pistas, já tendo trabalhado em instalações de som e trilhas sonoras das mais diversas. Olho nele!

 

 

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Franco crescimento

Não se deixe enganar pela figura tranquila da curitibana Laurianna, pois a moça é um verdadeiro furacão quando está em ação nos decks. Criada nas pistas de Curitiba, é um exemplo de como essa novíssima geração de DJs brasileiros tem entregado algo diferente ao público. Lau possui um case intenso e versátil, com possibilidade de inserção em diferentes picos e horários da noite, isso tudo fruto de uma pesquisa ativa e a vontade de fazer algo relevante e inovador. Recentemente estreou na pista do club Vibe e em maio fez seu debut no Warung, em noite que ainda teve wAFF, Mano Le Tough, Baikal e The Drifter no lineup. 2016 promete ser o ano dela.

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